Especialista diz que é preciso saber origem da licença de loja que explodiu

Após a explosão da loja de fogos de artifício, que matou ao menos 2 pessoas em Santo André, no ABC, nesta quinta-feira (24), especialistas levantam questões sobre as regras que devem ser seguidas para a instalação de estabelecimentos que comercializam explosivos. Segundo Moacyr Duarte, especialista em explosões, fábricas de explosivos passam por rigorosa fiscalização no país.

"Acho estranho essa loja funcionar no ponto em que está. A licença da loja de fogos de artifícios de Santo André precisa ser checada para saber qual era a verdadeira autorização que foi dada para o comércio funcionar", disse Duarte.

De acordo com Duarte, em geral, é a fiscalização dos estabelecimentos que comercializam explosivos segue alguns ritos básicos. "Normalmente é controlado o estoque, a maneira como é estocado o produto e os dispositivos elétricos e os equipamentos de prevenção de incêndio. Só depois do laudo da perícia é que poderemos dizer que se trata de um caso de clandestinidade ou não", disse ele.

Duarte afirmou que ainda é cedo para fazer especulação sobre o que pode ter provocado o acidente. "A luz é a propagação do calor. Em seguida vem o deslocamento de ar, que é o que derruba as paredes e construções por perto. Não há fogo, porque a energia se consome rapidamente."