Inter de Milão e Barcelona não saem do zero. Gérson Magrão garante o Dínamo

Em jogo muito movimentado e de domínio dos visitantes, Eto'o, agora do Inter de Milão, e Ibrahimovic, novo camisa 9 do Barça, passaram em branco. As duas equipes, por sinal, não conseguiram mexer no placar no estádio Giuseppe Meazza, nesta quarta, e estrearam no Grupo F da Liga dos Campeões com um empate por 0 a 0.

O resultado pode ser mais lamentado, por incrível que pareça, pelo Barcelona, que apesar de ter jogado fora de casa buscou bem mais o ataque ao longo dos 90 minutos (teve 66% de posse de bola). O Inter teve suas chances de gol, mas passou a maior parte do tempo tentando segurar o ataque do rival.

Os dois times somam agora um ponto no Grupo F, que tem como líder o Dínamo de Kiev. A equipe ucraniana recebeu nesta quarta os russos do Rubin Kazan e venceu por 3 a 1. O ex-cruzeirense Gérson Magrão fez um dos gols.



As duas equipes entraram com o que tinham de melhor em campo. Guardiola escalou o Barça com o trio Messi, Henry e Ibrahimovic no comando de ataque, municiados por Touré, Xavi e Keita. A defesa dos catalães contou com o goleiro Valdés, protegido pelos zagueiros Puyol e Piqué. Dani Alves e Abidal foram os laterais.

No Inter, o técnico José Mourinho mandou a campo dois atacantes com característica de área: Milito e Eto'o. Os dois foram apoiados por um setor de meio-campo que teve Muntari, Thiago Motta, Zanetti e Sneijder. Julio César comandou a defesa que teve no miolo Lucio e o argentino Samuel. Maicon e Chivu compuseram as laterais.

Inter de Milão tenta sair nos contragolpes

Apesar de jogar em casa, o técnico José Mourinho não se preocupou em mandar seu time para cima do Barcelona. O Inter de Milão começou a partida esperando o rival e tentando buscar os contragolpes. Os dez primeiros minutos foram de amplo domínio do Barcelona.

brahimovic, muito vaiado toda vez que pegava na bola, teve a chance de abrir o placar aos sete minutos, quando recebeu lançamento de Daniel Alves e saiu na cara de Julio César. O sueco, entretanto, concluiu para fora.

Aos poucos, o Inter de Milão adiantou sua marcação e conseguiu equilibrar um pouco as ações. Os avanços de Maicon pela direita foram uma boa arma dos italianos, que só tiveram uma chance clara de gol, com Milito, que driblou Piqué na entrada da área e soltou uma bomba. Valdés agarrou firme.

O Barça, por sua vez, esteve de fato mais contundente na primeira etapa. O time rondou a área rival por mais tempo, embora não tenha conseguido boas conclusões. Na melhor chance do primeiro tempo, Daniel Alves recebeu rente à linha de fundo e rolou para trás. Keita teve o gol à sua frente, com Julio César fora de posição, mas bateu torto, para fora.

Segunda etapa tem domínio do Barça ampliado

No segundo tempo, o Barcelona voltou como fez no início do jogo: pressionando o Inter de Milão. O time da casa demorou alguns minutos para se encontrar e equilibrar as ações.
Apesar do domínio territorial do Barça, o primeiro a ter uma grande chance no segundo tempo foi o Inter. Milito arrancou na base da vontade, trombou com os zagueiros do Barça e a bola sobrou para Stankovic, que entrara na vaga de Muntari, na meia-lua. O sérvio soltou a bomba e a bola saiu rente ao ângulo esquerdo de Valdés.

Com o passar do tempo, o Inter acabou sendo acuado pelo Barcelona. O atual campeão teve mais a posse de bola e trocou passes quase sempre em seu campo de ataque. O time teve uma grande chance de abrir o marcador aos 25. Após blitz na área italiana, Touré recebeu no bico esquerdo da área e bateu cruzado para o meio. Messi entrou de carrinho na cara de Julio César e mandou por cima.

A partir daí, o jogo seguiu sem grandes oportunidades até o fim. O técnico Guardiola lançou Iniesta na vaga de Henry, enquanto Mourinho tentou mexer no ataque, com Balotelli na vaga de Milito. Mas o placar ficou inalterado até o apito final.

Gérson Magrão comanda a virada do Dínamo em Kiev

No outro jogo do grupo, duelo entre os ucranianos do Dínamo e os russos do Rubin Kazan, em Kiev. Melhor para o Dínamo, que venceu por 3 a 1, de virada. O brasileiro Gérson Magrão, ex-Cruzeiro, foi comandante do triunfo ucraniano, ao marcar um gol e bater o escanteio que resultou em outro, marcado por Yussuf. Gusev fechou a parada para o Dínamo no fim. O argentino Alejandro Domínguez havia aberto o placar para o Rubin.

Além de Magrão, participou da partida pelo Dínamo de Kiev o brasileiro Leandro Almeida (ex-Atlético-MG). Betão, ex-Corinthians, ficou no banco de reservas e entrou no finzinho, na vaga de Shevchenko, para ganhar tempo. O Rubin Kazan não tem brasileiros em seu elenco.