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segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Erros e acertos de Caminho das Índias

Postado por Equipe Foka às 06:03
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Caminho das Índias chega ao fim na próxima sexta-feira, mas já é possível apontar o que emplacou e o que não deu muito certo na história de Glória Perez. Especialistas e de atores da trama comentaram os elementos que conquistaram o telespectador e os pontos que acabaram se perdendo literalmente no meio do caminho.

FUNCIONOU

O casal formado por Maya (Juliana Paes) e Raj (Rodrigo Lombardi) se tornou o favorito de grande parte dos telespectadores. Se no começo era Bahuan (Márcio Garcia) quem assumiria o papel de galã, o posto foi aos poucos sendo conquistado pelo filho de Opash (Tony Ramos).

– O Rodrigo Lombardi conquistou uma grande empatia do público, e isso delineou a história. O Raj tem o estereótipo da família certinha, de marido apaixonado e de pai de família responsável. Bem diferente do que se apresentou o Bahuan, que largou a mocinha para ir atrás do seu sonho _ afirma Claudino Mayer, especialista em televisão e pesquisador da USP. Para ele, o ator Márcio Garcia foi mal escalado para a trama.

– Não convenceu de que poderia ser um galã – diz.

Já Nilson Xavier, autor do livro Almanaque da Teledramaturgia Brasileira, acredita que a culpa da falta de brilho de Bahuan seja da própria autora da novela.

– Como faltou química entre ele e Maya, a Glória o afastou da história da mocinha.

Longe dos conflitos indianos, mas não menos importante, a fogosa Norminha (Dira Paes) caiu no gosto dos telespectadores e garantiu leveza à trama. O sucesso da infiel mulher de Abel (Anderson Muller) foi impulsionado pelo ritmo envolvente do forró Você Não Vale Nada, Mas Eu Gosto de Você', da banda Calcinha Preta.

– Acho que o que fez a Norminha ter esse destaque foi a mistura de ingredientes. O público se identificou com a brasilidade do cotidiano do casal – acredita Dira Paes.

Se a música se tornou um hit, os bordões dos personagens do núcleo indiano – como "are baba'' ("ai, meu Deus!''), "baguan keliê'' ("ô, meu Deus!'') e "atchá'' (expressão de satisfação) – invadiram o cotidiano dos brasileiros e agradaram.

Como já é uma marca registrada sua, Glória Perez aproveitou Caminho das Índias para abordar mais um tema de cunho social. Se em O Clone a questão era a dependência química e as suas consequências, dessa vez a esquizofrenia ganhou espaço por meio de Tarso (Bruno Gagliasso) e de Ademir (Sidney Santiago).

– Os depoimentos mostrados foram importantes para entender o assunto avalia – Nilson Xavier.

Sem a presença de vilãs sob os holofotes dos núcleos principais – a exemplo de Flora (Patrícia Pillar, em A Favorita) –, Caminho das Índias teve Yvone (Letícia Sabatella) e Surya (Cléo Pires) nos papéis de megeras.

– Elas têm traços de grandes vilões da TV – diz Claudino Mayer.

– A trama que envolveu Yvone e Raul (Alexandre Borges) fisgou a atenção do público. A vilã dissimulada com charme patológico, e ele, o homem bobão se deixando seduzir por uma pilantra, mostraram uma interessante mudança de identidade do personagem – acrescenta Mauro Alencar, doutor em teledramaturgia brasileira e latino-americana pela USP.

NÃO FUNCIONOU

Como costuma ocorrer nas tramas com muitos personagens, nem todos terão o destaque de Maya, Raj e Bahuan nos capítulos derradeiros da história. Não é difícil lembrar de alguns núcleos que deixaram a desejar. Qual a história de Berê (Silvia Buarque)? Qual foi realmente o papel de Pandit (José de Abreu)?

Parte do elenco de Caminho das Índias foi esquecido por Glória Perez. Embora seja algo normal em novelas – não dá para dar o mesmo destaque para todos – diz Claudino Mayer –, alguns personagens terminarão a novela sem mostrar a que vieram.

Aposta no núcleo cômico, Betty Gofman (Dayse) perdeu destaque com a entrada de Marcius Melhem (Radesh). A atriz, porém, prefere dizer que Dayse obteve a simpatia do público.

Outro "esquecido'' foi José de Abreu.

– O Pandit não cresceu, mas acho que a proposta era essa mesma. A trama principal da Índia era da família de Opash – afirma o especialista.

– Algumas dessas histórias não foram para a frente, como a da gravidez da Ruth (Cissa Guimarães), porque começaram a ser desenvolvidas muito tarde – conclui Mayer.
Caminho das Índias

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