Grandes de São Paulo mostram fome em janela

Há alguns anos os dirigentes de clubes europeus entenderam que mais do que títulos, suas agremiações eram poderosas marcas que poderiam render verdadeiras fortunas aos seus cofres. A paixão pelo esporte deixou de ser algo intangível e virou uma grande fonte de negócios que geram centenas de milhões de dólares e euros de receita.

No Brasil essa realidade ainda é distante, mas parece que o espírito empreendedor começa a dar passos maiores e mais firmes do que há alguns anos. Os principais clubes do Brasil passaram a investir em sua imagem e apostar em ferramentas de marketing como licenciamento de produtos, promoções, entre outros.

Porém, nenhum chamariz continua sendo mais forte que um time recheado de estrelas e, nesse sentido, o futebol paulista parece estar um pouco à frente do resto do Brasil. Cientes de que times fortes podem gerar sensível aumento de receitas (bilheteria, produtos licenciados, negociações com o exterior), os dirigentes dos grandes clubes paulistas partiram para a ofensiva e demonstram grande apetite atrás de reforços durante a janela de transferências.

O caso mais emblemático é o do Corinthians, que após obter sucesso dentro e fora de campo com a contratação de Ronaldo, agora sonha com o meia argentino Riquelme para ser o camisa 10 da equipe em 2010, ano do centenário do clube. O líder Palmeiras não fica atrás e articula com força um retorno do atacante Vágner Love. Santos e São Paulo também se armam.

Sem o poderio econômico das potências europeias, os dirigentes recorrem à criatividade para conseguir bancar a chegada dos grandes medalhões. A fórmula tem dado certo: São Paulo é o estado com mais conquistas na competição (17 títulos e 20 vices) e venceu seis das últimas nove edições.

E se a fome por contratações dos paulistas continua grande, é melhor os adversários se prepararem ou então a hegemonia só tende a aumentar.